Terça-feira , 15 de Junho DE 2010

Apontamentos de uma vida alterada pelo tempo

 

 

Quando recuo no tempo sei que tive sorte em ter infância, em partilhar momentos únicos com pessoas únicas, em ter-me sido ensinado o valor da família e sobretudo o valor de nós próprios. Ao recuar no tempo recordo tradições, recordo histórias que achava que nada significam e que retive até hoje, recordo lengalengas e canções muitas canções.

 

Ao recuar no tempo recordo os inúmeros animais de estimação que consegui levar para casa, recordo quedas com maiores ou menores consequências, recordo brincadeiras em castelos de verdade onde umas vezes era uma princesa e outras não sei bem o quê. Recordo programas de televisão, os primeiros computadores e as brincadeiras de rua.

 

Conta-se que não dei muito trabalho, que era gorduchinha e que todos me achavam bonita. E garanto-vos que esta era a mais pura das verdades. Não que os registos fotográficos fossem muitos mas porque os registos de memória dos tios e das tias, dos avós e dos primos assim o confirmam. Que o digam eles e eu sempre que ouço a expressão “estás tão diferente … eras tão bonita quando nasceste”

publicado por Marta às 00:05
Quinta-feira , 10 de Junho DE 2010

Apontamentos de uma vida alterada pelo tempo

 

 

Nestes apontamentos vamos falar de mim do que fui, de quem fui, de onde vim e principalmente onde estou e para onde quero ir. Vamos falar de infâncias, adolescências e idades indefinidas onde o querer se baralha com o ser e onde o ser se confunde em imagens mais ou menos reais que temos de nós próprios.

 

Vamos falar de sonhos concretizados e sonhos mais ou menos adiados. Vamos falar do que me lembro ou do que penso que me lembro porque aos 40+1 tenho cada vez mais a certeza da capacidade selectiva de uma memória que se recusa a reter o que não considera importante.

 

É natural que o tempo avance e atrase de acordo com o que me apeteça ou de acordo com esta ou com aquela memória ou mesmo referência. É natural que vá recordar pessoas, cheiros e locais. É natural que uns dias fique mais nostálgica e outros dias mais alegre.  É natural que sinta saudades do que vivi mas acredito que vou sentir mais saudades do que pretendi viver.

 

Nasci no dia 4 de Março de 1969 não sei se chovia se fazia sol pensando bem nunca ninguém me falou do tempo que fazia. O momento era de agitação e de medo ainda fruto do tremor de terra ocorrido em 28 de Fevereiro.

publicado por Marta às 00:10

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