Sexta-feira , 31 de Dezembro DE 2010

FELIZ 2011

 

Janeiro de 2010 - 2009 tinha acabado com uma viagem de fim de ano cancelada, uma mãe no hospital e uma inversão de marcha num caminho que pensava ser certo, temos um ele que pensamos ser parte de um nós. O ano começa com festas de crianças, cortinados a servirem de guardanapo e uma dor de cabeça tremenda. Segue-se uma mononucleose na filha mais nova e uma tentativa de gestão do que por vezes não consegue ser vivido.

 

Fevereiro de 2010 – A balança acusa peso a mais, mas a gula supera a vaidade.

 

Março de 2010 – Mês de 40+1, de vontades de planos e de certezas. A casa está a precisar de obras mas a vontade falta e os adiamentos são sucessivos. A mãe foi internada novamente e o que pensávamos estar resolvido  passou a nova preocupação.

 

Abril de 2010 -  O tempo para escrever é mínimo, surgem as primeiras duvidas de uma vida que pensávamos estar definida. Aliamos as lágrimas ao cansaço e tiramos férias para ficar em casa o que como seria de esperar foi pior a emenda do que o soneto.

 

Maio de 2010 – Os canos continuam entupidos, a gaveta desfalecida, os candeeiros tortos e os sofás comidos, mas estamos bem achamos que estamos bem.

 

Junho de 2010 – Como não somos de grandes hesitações inscrevemo-nos em Psicologia e avançamos sem medos. Como não há uma sem duas inscrevemo-nos naquilo que nos seduz e já agora tiramos um curso de PNL. Fazem-se malas para as férias e ruma-se a um aldeamento onde os rostos são conhecidos e o descanso prometido.

 

Julho de 2010 – Somos muitos, muitos mesmos. Os dias alternam-se entre piscina e miúdos. Os miúdos andam para cima e para baixo entre exames e concertos. Os sentimentos confundem-se as duvidas surgem e eu prometo-me que temos de ter uma conversa Eu e EU.

 

Agosto de 2010 – Em Agosto tivemos a apanha da pêra, a casa cheia e um vai e vem a por qualquer um a andar à roda. Tivemos o despejar quartos, escolher brinquedos, e preparar-nos para as obras … as minhas queridas obras. Começo a ponderar a necessidade de mais receitas numa família onde as despesas são enormes.

 

Setembro de 2010 – Surge o artitudes, fomos aos supertramp, iniciamos o curso de PNL e iniciamos as aulas. Cresce a lista do que queremos fazer cá por casa, o orçamento é mais que muito mas mais uma vez tenho a certeza de que vou conseguir. Afinal de contas consigo sempre.

 

Outubro de 2010 – O filho vai e vem da Polónia, retomam-se as rotinas de aulas  e as obras continuam, temos paredes deitadas a baixo, temos pó, temos chão novo e temos pó. As miúdas avançam para as aulas de música e acaba-se o sossego. O meu quarto está transformado em arrecadação e eu respiro fundo muito fundo.

 

Novembro de 2011 – Entre batuques e pó começam os trabalhos decisivos para exames, meto o estatuto de trabalhador estudante e avanço com a força toda. Afinal, já não estudamos há uns anitos e se é para fazer que seja tudo como deve ser. As encomendas dos gorros e cachecóis são mais que muitas e o sono esse é mais que muito. Acaba-se o que um dia começou. Voltamos a ser 4  porque só estamos onde nos sentimos bem. Acabam as obras, compram-se as mobílias e eu babo diariamente a olhar para o resultado. Falta a cozinha mas essa fica para o ano o homem das obras vai ser pai e não tinha mais tempo.

 

Dezembro de 2011 – Temos Psicologia, temos PNL, temos constelações, temos tricot e muita encomenda, temos filhos, temos casa e temos gatos, temos amigos, temos família e temos muito pouco tempo para algumas coisas que vão ficando para trás.

 

Se podia ter sido diferente? Poder podia mas assim não seria Eu, como todos me conhecem : muito mãe, muito mulher , mas sobretudo Eu mesma.

publicado por Marta às 11:04
Quinta-feira , 30 de Setembro DE 2010

Se a minha vida fosse um Livro

De repente pensei que se a minha vida fosse um livro não poderia ter um estilo muito definido. Penso que oscilaria ente o romance e o humor, entre o mistério e um qualquer diário de viagens, entre a bricolage e a psicologia entre o absurdo e o considerado racional. Agora que penso nisso nunca poderia ser um livro de receitas culinárias, a não ser que me decidisse por algo como “o que nunca tentar na cozinha” ou mesmo “tentativas frustradas de um jantar perfeito”.

 

A capa seria branca teria de ser branca. Gosto do preto das palavras numa página em branco. Gosto de sentir que tenho espaço de manobra que posso ocupar este ou aquele espaço sem me sentir sufocada. Nem sei porque me estou a justificar. Gosto de branco e pronto.

 

Por entre palavras poderíamos ler histórias de sucesso e de derrota, ilusões que se transformaram em desilusões e amores que se transformaram em desamores. Entre lágrimas iriam surgir risos que, mais tarde seriam transformados em gargalhadas. Lições mais ou menos aprendidas e acções mais ou menos reflectidas. Certezas de vida opondo-se a incertezas momentâneas. Escolhas erradas e escolhas acertadas. Vida sentida porque só assim faria sentido.

 

Personagens mais ou menos periódicas e outras apenas de momento. Agitações constantes e recuperações de fôlego inconscientes. Palavras como Filhos, mãe, pai, mulher, letras, família, amigos, amores, comida, gatos seriam usadas frequentemente em frases onde existisse preocupação, amor, carinho, vontade e cuidado. Páginas soltas e páginas que ninguém conseguiria arrancar. Páginas lidas e umas que nunca ninguém se atreveu a ler.

 

Páginas em branco e páginas com excesso de letras. Páginas onde o orgulho é evidente e outras onde não nos orgulhamos mas assumimos que estivemos e fizemos. Paginas amarelecidas pelo tempo onde as letras mal se lêem e páginas onde os acontecimentos se encontram tão vincados que serão possíveis de apagar. Erratas aqui e ali. Páginas inacabadas e frases soltas. Frases esborratadas por lágrimas e outras onde foram desenhados sorrisos.

 

Na dedicatória seriam nomeados os que me apoiaram, os que estiveram e que ficaram os que passaram e os que ainda hão-de vir. Seriam igualmente nomeados os que, sobretudo, me ouviram quando eu precisei de falar, os que me ofereceram bilhetes de incentivo para onde eu queria ir e os que nunca duvidaram de que conseguiria chegar. No final gostava de poder escrever que gosto de ser quem sou, de ir para onde vou e de estar onde estou.

 

No final gostava de poder dizer que melhor do que viver é podermos dizer que vivemos sem medo do que os outros possam dizer mas sobretudo, sem medo de nos assumirmos como nós somos. Prefiro que me critiquem pelo que sou do que especulem sobre o que possa ser.

 

Se a minha vida fosse um livro gostaria de algures escrever que vida que tem de ser vivida em segredo, não é vida .

publicado por Marta às 11:57
Segunda-feira , 27 de Setembro DE 2010

Noticias em Forma de Post

Hoje a 27 de Setembro de 2010 embora distante e um pouco ausente do que me rodeia, sei que lá por fora continuam guerras sem justificação, protestos justificados e liberdades cujos limites serão sempre questionados. Temos os que tem fome e os que esbanjam comida, temos os que imploram por atenção e os que se queixam por a terem em excesso. Temos os que choram, os que riem e os que nunca voltaram a sorrir. Temos os que vivem com tudo e os que nunca tiveram nada.

 

Lá por fora e cá dentro vivemos de contrastes morais e contrastes sociais, temos os que sonham e os que se divertem a destruí-los, temos os que vivem felizes com o que tem e os que nunca sentirão o verdadeiro valor das coisas. Temos os que se preocupam com um exterior quando o interior é que necessita de tratamento.

 

 Lá por fora e cá dentro temos apenas humanos com erros e acertos, certezas e incertezas, verdades absolutas e absolutismos independentemente da verdade.

 

Cá por casa já se derrubaram paredes e a casa até parece que cresceu, já se inventaram novos trabalhos e adaptaram projectos antigos. Continua-se a viver entre colchões e pilhas de livros, entre sapatos e chinelos. Continuasse a arrumar o que vai ficar “eternamente” desarrumado e a organizar uma desorganização aparente. Alternamos entre a casa de campo (a minha) e a casa da cidade (a do love) e, eu espreito-me a mim mesma em cada momento para perceber a hora e o momento em que vou ter aquele ataque de nervos . Cá por casa o Filho mais velho está de partida para a Polónia, a filha do meio já “cravou” os “all stars” ao avô e a filha mais nova continua a ter um sonho de vida diário, o coelho da afilhada morreu e a Amiga faz anos hoje.

 

Eu, continuo assim muito mãe, muito mulher mas sobretudo Eu mesma (cansadinha mas eu mesma)

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publicado por Marta às 17:09
Segunda-feira , 31 de Maio DE 2010

Noticias em Forma de Post

Lá por fora tivemos a Sarah Ferguson a querer “vender” o marido e este a perdoá-la, a Riahanna a informar que quer fazer mais tatuagens e Ronaldo em clima de romance.Temos a tensão entre as duas Coreias e Israel ataca barcos com ajuda humanitária. Hoje é o dia mundial sem tabaco e a Mourinho é efectivamente treinador do Madrid.

 

Cá por dentro segundo consta o ciclo dos juros baixos a três meses terminou, o rock in rio fecha com Circo dos Rammstein e a Bolívia está interessado no Magalhães. Carrilho elogia Barbara Guimarães e Sofia Cerqueira assume namoro com o filho do ex-presidente da República.  

 

Cá por casa a gaveta caiu finalmente, os miúdos estão em passo acelerado e a mim apetece-me andar em câmara lenta. Cheira-me a férias, a praia, a mar e toda uma quantidade de outras coisas das quais sinto falta … cheira-me acima de tudo a descanso. Cá por casa estamos a necessitar de uma paragem numa estação de serviço não só para atestar mas principalmente para olharmos para o mapa com atenção, verificarmos coordenadas e definirmos prioridades.

 

Sim! Cá por casa também ralhamos, refilamos e por vezes choramos. É que não sei se já tinham dado por isso mas cá por casa somos apenas aquilo que sempre fomos … humanos.

 

 

Eu? Continuo assim muito mãe, muito mulher mas sobretudo eu mesma.

 

publicado por Marta às 15:42

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