Domingo , 02 de Janeiro DE 2011

Isto Promete

Tenho teste amanhã e fui para a praia apanhar sol e ver o mar. Tenho teste amanhã e fiquei o dia de ontem entre o sofá e o aquecedor a gozar de um bem estar que não consigo colocar em palavras muito menos palavras escritas (por aqui não consigo gesticular). Tenho teste amanhã e estou aqui a escrevinhar...

 

É nestas alturas em que sinto a adolescente que há em mim, a que prevarica e se deixa ir mesmo que isso signifique uma noitada pela frente.

 

Se eu gostaria de ser diferente? Nunca. Se eu Poderia ser diferente? poder podia mas garanto-vos que não tinha metade da piada.

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publicado por Marta às 20:16
Quinta-feira , 30 de Setembro DE 2010

Se a minha vida fosse um Livro

De repente pensei que se a minha vida fosse um livro não poderia ter um estilo muito definido. Penso que oscilaria ente o romance e o humor, entre o mistério e um qualquer diário de viagens, entre a bricolage e a psicologia entre o absurdo e o considerado racional. Agora que penso nisso nunca poderia ser um livro de receitas culinárias, a não ser que me decidisse por algo como “o que nunca tentar na cozinha” ou mesmo “tentativas frustradas de um jantar perfeito”.

 

A capa seria branca teria de ser branca. Gosto do preto das palavras numa página em branco. Gosto de sentir que tenho espaço de manobra que posso ocupar este ou aquele espaço sem me sentir sufocada. Nem sei porque me estou a justificar. Gosto de branco e pronto.

 

Por entre palavras poderíamos ler histórias de sucesso e de derrota, ilusões que se transformaram em desilusões e amores que se transformaram em desamores. Entre lágrimas iriam surgir risos que, mais tarde seriam transformados em gargalhadas. Lições mais ou menos aprendidas e acções mais ou menos reflectidas. Certezas de vida opondo-se a incertezas momentâneas. Escolhas erradas e escolhas acertadas. Vida sentida porque só assim faria sentido.

 

Personagens mais ou menos periódicas e outras apenas de momento. Agitações constantes e recuperações de fôlego inconscientes. Palavras como Filhos, mãe, pai, mulher, letras, família, amigos, amores, comida, gatos seriam usadas frequentemente em frases onde existisse preocupação, amor, carinho, vontade e cuidado. Páginas soltas e páginas que ninguém conseguiria arrancar. Páginas lidas e umas que nunca ninguém se atreveu a ler.

 

Páginas em branco e páginas com excesso de letras. Páginas onde o orgulho é evidente e outras onde não nos orgulhamos mas assumimos que estivemos e fizemos. Paginas amarelecidas pelo tempo onde as letras mal se lêem e páginas onde os acontecimentos se encontram tão vincados que serão possíveis de apagar. Erratas aqui e ali. Páginas inacabadas e frases soltas. Frases esborratadas por lágrimas e outras onde foram desenhados sorrisos.

 

Na dedicatória seriam nomeados os que me apoiaram, os que estiveram e que ficaram os que passaram e os que ainda hão-de vir. Seriam igualmente nomeados os que, sobretudo, me ouviram quando eu precisei de falar, os que me ofereceram bilhetes de incentivo para onde eu queria ir e os que nunca duvidaram de que conseguiria chegar. No final gostava de poder escrever que gosto de ser quem sou, de ir para onde vou e de estar onde estou.

 

No final gostava de poder dizer que melhor do que viver é podermos dizer que vivemos sem medo do que os outros possam dizer mas sobretudo, sem medo de nos assumirmos como nós somos. Prefiro que me critiquem pelo que sou do que especulem sobre o que possa ser.

 

Se a minha vida fosse um livro gostaria de algures escrever que vida que tem de ser vivida em segredo, não é vida .

publicado por Marta às 11:57
Quinta-feira , 16 de Setembro DE 2010

Fora de Tempo

Não gosto de contabilidade, não gosto de fazer contas nem tão pouco de fazer medições. Sou mais de letras do que de números. Sou, sem sombra de duvidas, mais de sentimentos do que de pensamentos. Possível treinarmo-nos e educarmo-nos mas impossível lutarmos contra o que sentimos. Impossível contabilizar a quantidade de pessoas com quem me cruzei e que se cruzaram comigo, impossível contabilizar pessoas mas possível contabilizar o que me fizeram sentir. Impossível contabilizar momentos mas possível revivê-los e senti-los.

 

Existem pessoas que ficaram para a vida e existem aquelas que, como eu gosto de dizer, são pessoas para a vida mesmo que nunca mais as encontre.

 

Quando tomamos decisões importantes esquecemo-nos de nos preparar para elas e ainda bem que assim é porque se nos preparássemos há decisões que nunca tomaríamos. Os estilos de vida alteram-se e as rotinas também. As pessoas transformam-se e tu consequentemente vais amadurecendo de forma normal.

 

Nos primeiros momentos iludes-te, desiludes-te e por muito que vejas a luz ao fundo do túnel por vezes a viagem torna-se demasiado difícil. Traças objectivos mas não tens força para os atingires e acomodas-te sem perceberes que foi mesmo por isso que tomaste a decisão. Encontras-te pessoas certas fora de tempo e pessoas erradas para as quais deixas de ter tempo.

 

Caminhas sempre sem dúvidas e diariamente com mais certezas que estás onde queres estar. Mais tarde descobres que o tempo não só te ensina como te acalma. Cresces, amadureces e sentes-te feliz contigo mesma e a partir daí as coisas correm sobre rodas.

 

No fundo pensas como seria se mas acabas por ter a certeza que estavas não só fora de tempo como sem tempo. Depois, o coração aperta e o estômago retrai-se, recordas e sorris porque aquela pessoa para a vida fez com que te tornasses numa pessoa com vida.

publicado por Marta às 00:05
Sexta-feira , 11 de Junho DE 2010

Na provincia

A vida roda de uma forma diferente como se representássemos em câmara lenta. Não se corre porque não é necessário correr, não perdemos horas em transportes, não nos apressamos sem necessidade, não nos irritamos se nos demorarem a atender … simplesmente porque na província é assim …

publicado por Marta às 00:10
Terça-feira , 25 de Maio DE 2010

Depressa ... demasiado depressa

Cruzamo-nos por acaso, trocamos vivências e partilhamos desejos. De repente tornámo-nos inseparáveis como se só assim pudéssemos sobreviver. Caminhamos juntos entre passeios, corridas ou avanços e recuos.

 

E eis que chegamos a outro cruzamento onde as mãos se separam, os desejos se apagam e os olhares deixam de falar com amor e passam a falar sob a forma de acusação ou de interrogação. Interessante como a cumplicidade, a vontade de estar, as promessas, e o respeito se esfumam com a mesma rapidez com que a partilha surgiu.

 

Depressa ... demasido depressa este mundo em que vivemos

publicado por Marta às 00:18

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