Terça-feira , 23 de Março DE 2010

Citações

Quando queres realmente uma coisa, todo o Universo conspira para ajudar-te a conseguí-la.”

 

 

Paulo Coelho

 

 

publicado por Marta às 00:05
Sexta-feira , 19 de Março DE 2010

Noticias em Forma de Post

Hoje dia 19 de Março de 2010 o mundo continua a girar lá por foram somam-se os escândalos de pedofilia que envolvem padres e crianças. Inquérito confirma envolvimento da ETA no assassínio de polícia francês, Bruxelas ameaça levar Portugal a tribunal por poluição atmosférica e está confirmada a visita de Obama a Portugal. O George Clooney continua embeiçado, e Quentin Tarantino quer lady Gaga num filme seu.

 

Cá por dentro continuamos a ouvir falar da crise, do Pec, das greves e nos não aumentos. Oliveira e Costa vai a julgamento e continua em prisão domiciliária, Santana Lopes lançou a confusão com a lei da rolha no congresso do PSD, o Governo decidiu dar tolerância de ponto na Quinta-Feira Santa, Pinto da Costa tem uma nova namorada com 23 anos e Alexandra Lencastre afinal não está grávida.

 

Cá por casa continuamos na mesma, a mãe continua internada, o canalizador não aparece, o carpinteiro tornou-se necessário e Ele teve de dar um jeito à torneira da cozinha. Continuamos a engordar e a única solução que encontro é cozer a boquinha porque a vontade de comer tudo o que me aparece à frente é mais que muita. Ele é um querido e diz que são preguinhas de amor eu apesar do romantismo inerente tenho a certeza que são banhas.

 

Eu? Continuo assim muito mãe, muito mulher mas sobretudo Eu mesma.

 

publicado por Marta às 00:15
Quinta-feira , 18 de Março DE 2010

Abri o Livro

Abri o livro da história da minha vida. Recordei infâncias felizes, disparates de crianças, animais de estimação, brincadeiras de princesas, e brincadeiras de um futuro longínquo hoje tão real. Sorri perante as hesitações, as escolhas então consideradas difíceis. Lembrei-me de rostos, equacionei que caminhos tomariam tomado e deixei-me ali ficar a recordar o que um dia fui ou com toda a certeza o que um dia decidi ser.

 

Hesitei perante capítulo onde me perdi em sentimentos ambíguos. Onde o certo e o errado se misturaram numa necessidade premente de sobrevivência. Onde o castelo na areia se desfez perante uma onda de emoções. Não sabia que tinha feito história nessa altura, não sabia sequer que tinha existido nesse momento. Para ser sincera não senti que vivi senti apenas que me perdi em dúvidas, mentiras, certezas e incertezas, dificuldades, dor e dúvidas muitas dúvidas. Houve momentos em que preferia ter um qualquer corrector que apagasse tudo e depois fingia que nada tinha acontecido. Este é o momento em que tenho a certeza de que esse capítulo é igual aos outros anteriores e aos que ainda vou escrever.

 

Avancei para o capítulo do presente e gosto do que leio. Gosto dos planos, das decisões das vontades e sobretudo das verdades. Gosto de poder ser quem sou sem ter de me disfarçar do que querem que seja. Gosto de dizer o que penso sem medo de ser julgada. Gosto de fazer planos sem ser condicionada.

 

Gosto apenas de saber que sou porque um dia decidi ser e estou onde um dia decidi estar.

 

publicado por Marta às 00:01
Quarta-feira , 17 de Março DE 2010

Eu deixei de ter um feeling para ter uma certeza

 

Há uns tempos disseste-me que tinhas um feeling de que nos íamos dar bem eu respondi-te que tinha a certeza.

 

E de facto assim é, eu tenho a certeza das emoções que sinto quanto me abraças, eu tenho a certeza das saudades que tenho quando não estás, eu tenho a certeza do que diz o teu olhar, que os teus gestos não precisam de tradução e que o teu carinho me basta.

 

Eu não quero mais … quero-te apenas assim como és completo.

 

publicado por Marta às 00:10
Terça-feira , 16 de Março DE 2010

Citações

"O início da sabedoria é a admissão da própria ignorância"

 

Sócrates

 

 

 

publicado por Marta às 00:10
Segunda-feira , 15 de Março DE 2010

Sentia-me Cansado ...

Sentia-me cansado. Cansado da vida que levava, dos problemas dos outros que se confundiam cada vez mais com os meus. Da minha vida que deixou de ser minha ou a dos outros que se misturava constantemente com a que um dia achei que me pertencia. Sentia-me cansado e esgotado. Existiam momentos em que simplesmente me apetecia desistir, mudar de vida seguir em frente por outro caminho. Não deixa de ser irónico, eu que passei a vida a orientar os outros sentir-me desorientado num esforço de orientação constante.

 

Depois, lembrava-me de todos os meus doentes, aqueles que acompanhava há anos, os que desistiam e voltavam, os que desistiam e nunca mais voltava a ver e os que ficavam apenas porque não tinham mais ninguém com quem falar. Por vezes procuravam em mim aquele amigo que nunca tinham tido. Sentia que era injusto que alguns pagassem por companhia, ou apenas para terem alguém com quem falar. Sentia que era injusto mas nunca fiz nada para o evitar. A solidão faz-nos fazer coisas incríveis, a solidão nunca é nem nunca foi boa conselheira. Por muito que analise a situação nunca vou saber quem se sentia mais só se eles se eu.

 

Não preciso de consultar ficheiros para me lembrar de todos eles. Lembro-me de cada um e de todas as patologias de que sofriam. Recordo os que se curaram, os que desistiram de viver e os que simplesmente achavam que viviam. Sei que quebrei as regras vezes sem conta. Perdi o número de vezes que deixei que a porta da emotividade se abrisse, que o distanciamento se encurtasse e que as emoções deles se tornassem nas minhas emoções.

 

Mudei efectivamente de rumo no dia em que ele entrou pelo meu consultório a pedir ajuda. Mudei de rumo, mudei de atitude mas mudei principalmente na forma de encarar a vida. A Maria Madalena tinha-me pedido que o atendesse, que lhe parecera aflito, que se eu ficasse mais uma hora valeria a pena. Estranhei o pedido e a interferência quando em 10 anos a trabalharmos juntos nunca ela tinha feito tal coisa. Não me lembro de ter conhecido mulher mais alegre do que ela, sempre sorridente, roupas justas, cabelo sempre de cores chamativas, maquilhagem pesada mas contudo sem me incomodar. Agora que penso nisso não deixo de pensar que era uma mulher bem interessante a Maria Madalena.

 

Ele, entrou-me no consultório com ar perdido mas postura segura. O seu cabelo ruivo em desalinho, os olhos azuis pareciam ter chorado durante dias seguidos, a combinação da roupa era despropositada e até cómica se não estivéssemos onde estávamos. Mal entrou perguntou-me pelo sofá. Respondi-lhe que não era meu hábito falar para os pacientes deitados. Riu-se, animou-se e começou a falar de uma quantidade de filmes onde os doentes se deitavam sempre que iam ao psicólogo. Perdemo-nos no tempo e nas risadas misturadas com as lágrimas dele e as minhas que teimavam em saltar. História de vida triste a daquele homem que contrastava com a forma dele a viver. Os olhos brilhavam com o que o entusiasmava e entristeciam-se com o que o magoara. Falava ininterruptamente, contava os factos analisava as questões que é como quem diz fazia as perguntas e dava as respostas. Eu deixei-me envolver de tal modo que foi ele que conduziu a consulta sem que me importasse.

 

Passaram 3 horas num ápice, recordo a gargalhada que deu quando olhou para o relógio e a forma como proferiu o “o diabo não basta a minha desgraça agora também você me vai levar á falência”. Fez-me rir. Não sorrir como era um hábito, mas rir com vontade. Lembro-me que dei uma gargalhada como há muito tempo não dava. Disse-lhe que não lhe levava nada que tinha sido um prazer conhece-lo que encarasse este tempo como uma pesquisa para mim. Sorriu e foi então que proferiu as palavras que fizeram a diferença.

 

“Sabe doutor eu vim cá porque todos dizem que é o melhor. Que me ia fazer bem falar consigo e tal e coiso. Ainda pensei duas vezes porque isto há uns anos era só para malucos e sabe como é ainda somos uma cambada de preconceituosos. Mas também se não desabafasse ficava maluco portanto já não tinha nada a perder. Agora que o conheci acho que é um homem triste, um homem só e um homem que ri pouco. Gostei deste bocadinho porque aliviei tudo o que ia na minha alma. Bem, e agora vou-me embora porque amanhã é outro dia e sabe como é eu posso abanar mas só vou cair quando morrer. Quanto si homem e permita-me que lho diga porque o senhor é que é doutor mas ria mais homem, deixe de ser tão sério e divirta-se porque a vida só vale a pena se a vivermos”.

 

Depois de ele se ter despedido deixei-me ficar ali não sei por quanto tempo. Pensei em tudo o que tinha planeado para a minha vida, no que fui adiando sucessivamente. Pensei nos amigos que se tinham afastado pela minha falta de tempo, pensei no que perdi ao ter deixado de viver para ter.

 

Hoje, encontro-me em Africa a dar apoio a refugiados de guerra. Hoje, encontro-me onde sinto que precisam de mim. Hoje, surpreendo-me com a esperança dos que aos olhos dos outros nada tem que esperar, surpreendo-me com o sorriso nos olhos daqueles que era suposto só chorarem, surpreendo-me nos que respeitam sem nunca terem sido respeitados. Hoje continuo a trabalhar até a exaustão, a ajudar quem precisa de ser ajudado, a encaminhar quem precisa de ser encaminhado. Só que hoje, graças a ele, eu trabalho com sentido, rio com vontade, choro sem vergonha e vivo orientado numa felicidade constante. Hoje penso nos livros que li, nos doutoramentos que tirei, nos mestrados que fiz. Hoje penso que todo um conhecimento científico foi completado apenas com o conhecimento comum, com a prática de um homem, com a análise empírica de quem apenas viveu e aprendeu.

 

 

Texto de ficção escrito por mim para a Fábrica de Histórias

 

publicado por Marta às 12:37
Sexta-feira , 12 de Março DE 2010

Noticias em Forma de Post

 


 

Hoje dia 12 de Março de 2010 devo confessar que ando um bocado a leste do que se passa lá por fora. Sei que o mundo continua a girar mas cá por casa dedicamo-nos cada vez mais a novos projectos, aos filhos e ao novo amor. Assim de repente recordo as greves na Grécia mas também o sentimento de que todos se precisam de sacrificar, recordo os óscares e a surpresa de ter sido um filme com baixo orçamento que se destacou, recordo a derrota do Porto, a neve em Espanha e os abanões que o planeta nos está a dar a um ritmo assustador.


 

Cá por dentro não só ando a leste como evito ao máximo ouvir noticias. Sinceramente tenho de confessar que me sinto cansada de escutas, casos e complots. Sinto-me cansada de ouvir acusações sem que ninguém seja julgado, sinto-me cansada de todos os escândalos que envolvem a nossa politica sem que ninguém se demita ou seja demitido. Cá por dentro destaco a campanha do “arredondamento” pela Madeira, a vitória do meu sporting e o choque que levei com o “suicidio” de uma criança que sofria nas “mãos” de outras crianças.


 

Cá por casa decidimos arrumar a papelada toda e descobrimos que: Sim é verdade eu de facto não paguei aquela factura à tmn como insisita em dizer que sim uma vez que a mesma estava fechada dentro do envelope assim como a tirei do correio. O cartão multibanco afinal tinha chegado eu é que não dei por isso. O cheque universo afinal tinha sido emitido há tanto tempo que até perdeu a validade e o condominio tinha efectivamente enviado as contas. Cá por casa corremos - e atenção aviso desde já que agora é a parte em que vai tudo levar a mão á cabeça – para o cabeleireiro a achar que tinhamos apanhado piolhos mas afinal era só uma alergia, aprendemos que se formos dando pulinhos enquanto nos tentamos enfiar numas calças acabamos por entrar e, andamos aouvir aquilo que nunca pensámos ouvir “olha lá não achas que é melhor começares a ter cuidado com o que comes?”Cá por casa apanhámos outro susto quando a mãe foi internada com uma pneumonia e apesar do optimismo constante tenho de confessar que a preocupação se instalou.


 

Eu? continuo assim muito mãe, muito mulher mas sobretudo Eu mesma.

publicado por Marta às 00:10
Quinta-feira , 11 de Março DE 2010

Citações

Existem pessoas que admiramos por esta ou aquela razão ou até por razão nenhuma, existem palavras que tem mais ou menos a ver connosco, existem aquelas que fazem todo o sentido e existem aquelas que reflectem exactamente aquilo que sentimos :

 

 

 

“Tem sempre presente que a pele enruga,

o cabelo embranquece, os dias convertem-se em anos...

Mas o que é importante não muda;

a tua força e convicção não têm idade.

O teu espírito é como qualquer teia de aranha.

Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida.

Atrás de cada conquista, vem um novo desafio.

Enquanto estiveres viva, sente-te viva.

Se sentes saudades do que fazias, volta a fazê-lo.

Não vivas de fotografias amarelecidas...

Continua, quando todos esperam que desistas.

Não deixes que enferruje o ferro que existe em ti.

Faz que em vez de pena, te tenham respeito.

Quando não conseguires correr através dos anos, trota.

Quando não conseguires trotar, caminha.

Quando não conseguires caminhar, usa uma bengala.

Mas nunca te detenhas!!!” 

 

                          Madre Teresa de Calcutá

 

publicado por Marta às 00:10
Quarta-feira , 10 de Março DE 2010

Os nossos e os outros

 


 

Os nossos são os que estão, os que entram sem pedir licença, os que instintivamente se dirigem ao nosso armário e retiram o que necessitam sem nunca deixar de falar, são os que nos alugam a orelha durante horas, os que se esqueçam do nosso aniversário e quando se lembram desfazem-se em risadas em vez de se desfazerem em desculpas.


 

Os nossos são os que não se ofendem se não nos apetecer estar, são os que não cobram favores, são os que se supreendem sem nunca condenar, são os que nos percebem , são os que estão sem precisar de estar, são os que não se deixam levar, são os que confiam sem desconfiar.


 

Os nossos são aqueles que nos aplaudem no voo, os que nos ajudam com a bagagem, os que se despedem na partida e os que nos esperam na chegada.


 

Os outros são aqueles que nos observam sorrateiramente, são os que nos condenam num olhar, os que reagem a atitudes sem perceber virtudes, são aqueles que nos travam na caminhada, são os que nos incutem medos, os que que revelam os segredos, os que desvendam mistérios.


 

Os outros são os que nos cortam as asas, os que nos criam fantasmas,os que nos impedem de viver. Os outros são os que não aceitam creditos e os que debitam impostos. Os outros são apenas isso mesmo Outros.

publicado por Marta às 00:05
Terça-feira , 09 de Março DE 2010

Eu também tenho um feeling

Que os olhares dizem mais que mil palavras, que os gestos valem mais que todas as explicações e que o valor das coisas deixou de fazer sentido quando tenho o valor dos momentos.

 

Que chegaste da forma certa e com a atitude ideal, que me conquistas-te antes de eu perceber que podia ser conquistada, que me deste sem ser necessário pedir, que és sem que eu tenha de pedir que o sejas.

 

Eu? Quero continuar no nosso abraço aquele que é eterno e que um dia aceitei dar-te. Eu? Quero-te simplesmente por seres quem és.

 

publicado por Marta às 00:08

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