Sexta-feira , 17 de Setembro DE 2010

Irritantemente optimista ou optimista por convicção

 

 

Nascemos, vivemos e morremos. Certezas apenas que não escolhemos nascer, não escolhemos morrer mas podemos escolher a forma como vivemos.

 

Pais que geram filhos totalmente diferentes, ambientes iguais que resultam em pessoas diferentes, situações limites onde uns passam a prova e outros recusam-se a sequer tentar. Sobreviventes de vidas,  pessoas com vidas difíceis que andam felizes da vida e pessoas com vidas fáceis cujo semblante é pesado.

 

Na minha opinião é tudo não só uma questão de escolha mas principalmente de atitude. Na minha opinião é tudo não só uma questão de comodismo mas também de conformismo.

 

Eu escolho ser feliz. Eu escolho seguir em frente e pensar que vale a pena. Eu escolho acreditar que amanhã vai ser melhor, que vale a pena tentar, que vale a pena seguir em frente ou ter coragem para fazer inversão de marcha.

 

Eu escolho ser optimista perante uma vida que merece ser vivida eu escolho ser Irritantemente optimista ou optimista por convicção.

publicado por Marta às 00:05
Quarta-feira , 01 de Setembro DE 2010

Personalidade (s)

Saio da conferência com a noção de que existem mentes brilhantes. Penso como deverá ser fascinante desenvolver esta ou aquela investigação e conseguir que a espécie humana evolua mais um pouco apenas por um trabalho que é meu. Penso em todos que ao longo deste processo de evolução da nossa espécie se dedicaram a estudos, combateram dogmas e provaram factos. Penso em todos que ano após ano se esforçaram, para que um dia o conhecimento e a compreensão sobre quem somos chegasse a um hoje com menos dúvidas.

 

A pergunta sobre a personalidade portuguesa que mais admiro ficou-me na cabeça. Entro no táxi e quase automaticamente vou vendo rostos e feitos enquanto tendo definir uma ordem de importância. Classifico-os um a um. Faço-o não apenas pela área em que se destacaram mas também pela forma de estar, ser e mesmo visibilidade pública. Penso na dificuldade que será atribuir prémios para este ou aquele feito. Imagino-me entre o júri dos prémios Nobel. Não deixo de sorrir perante uma mente fértil e uma criatividade sem limites que possuo e sem a qual não sei viver.

 

O trânsito está caótico e as pessoas correm apressadas debaixo de uma chuva que insiste em cair. Reparo na diversidade de fisionomias, nos passos mais ou menos apressados. Na generalidade dos casos são rostos tristes alheados do que os rodeia. Uns caminham sozinhos outros caminham com eles próprios. Cruzam-se sem se ver, contornam-se como se fossem objectos e seguem simplesmente em frente. Rostos !!! Apenas rostos.

 

Pergunto-me de onde virão e para onde caminham. Tento adivinhar vontades e escrutinar sonhos se é que existem sonhos. Tento mas não consigo. Impossível entrar na cabeça de todos, imaginar vidas cujas realidades eu desconheço. Impossível imaginar meios envolventes de rostos sem expressão. Impossível imaginar vidas de rostos que parecem apenas querer sobreviver quando era suposto viver.

 

Olho-os, mais uma vez, enquanto o carro arranca. A pergunta que fiz a mim mesmo encontra finalmente uma resposta. Não posso admirar apenas uma Personalidade Portuguesa. Impossível premiar alguém quando os outros travam uma luta diária entre empregos, transportes, horários, filhos e sobrevivência. Impossível premiar alguém quando há quem tenha deixado de sonhar para conseguir lutar. Impossível premiar alguém quando há tantos a quem as asas foram cortadas face a uma realidade dura e quase sem futuro.

 

Impossível premiar alguém quando existem anónimos a sobreviver quando deviam viver. Impossível designar alguém quando os que admiro são aqueles, os anónimos,  que dia após dia vão construindo vidas perante uma adversidade de elementos. Impossível designar alguém quando, no fundo, me limito a admirar tantos. 

publicado por Marta às 09:14
Quarta-feira , 18 de Agosto DE 2010

O que mudou desde então

18 de Agosto de 2009 o mundo gira de tal modo que até o nosso papa já virou cantor. No Dubai proibiram-se as filmagens de cenas do Sexo e a Cidade. E em Londres houve um assalto digno de filme. O Michael Jackson continua a ser noticia e desta vez é o amigo que diz que afinal é ele o pai dos filhos. Em França explodiram uns quantos iphones da Apple. E a senhora Clinton irritou-se com um jornalista quando este lhe perguntou a opinião do marido. Berlusconi deu uma conferência de imprensa para dar nas orelhas à filha e a Easyjet apesar de operar em Portugal não recebe reclamações em Português. A chanceler alemã fez furor por aparecer com um decote generoso na sua campanha de outdoors mas ainda existem países onde as mulheres são obrigadas a  usar burkha .

 

Cá dentro o nosso Primeiro foi de férias para  Menorca quando gastámos rios de dinheiro em publicidade para convencer os outros a conhecer as nossas maravilhas. Continuamos a barafustar que somos um país inculto e que o preço dos livros está demasiado alto mas passamos a vida a mudar de telemóveis. A maioria das peças de teatro encontram-se às moscas mas os concertos de verão não podiam ter mais gente. A Manuela Moura Guedes tem finalmente algo invejável e foi pela primeira vez capa de revista por algo que lhe é favorável. Morreu Raul Solnado e com esta notícia sinto que morreu alguém que nos vai fazer falta. O meu Sporting empatou com o Nacional mas por aqui continua-se a sonhar.

 

Cá por casa as novidades são mais que muitas. A gaveta dos talheres não resistiu à tentativa frustrada que a mãe fez de transformar a cozinha em parque aquático. O estore do quarto das filhas não resistiu à minha tentativa de o arranjar e amuou fechando-se por completo. A gaveta do quarto do  filho não resistiu à força da empregada. A torneira de água quente da minha banheira continua sem funcionar e o canalizador foi só buscar um produto para resolver o problema e pasme-se ao fim de dois meses ainda não voltou. O candeeiro da sala teima em ficar naquela posição estranha  e os meus gatos continuam a roer-me furiosamente o sofá. O meu carro foi finalmente lavado e foi difícil explicar ao senhor que AQUILO que está no banco de trás não é pastilha elástica mas um pega monstro que derreteu por ali num dia de muito calor. Este fim-de-semana fui quase proibida de brincar com os legos porque segundo as miúdas não construo casas mas mansões. Continuo a fazer mascaras de beleza de tudo quanto é produto esquisito e passei de Surfista Prateado para Transpirado e ao fim de uma semana a conseguir não queimar nem almoço nem jantar … acabei por me conseguir queimar a mim.

 

Eu? Continuo assim, muito mãe, muito mulher mas sobretudo Eu mesma

 

18 de Agosto de 2010 o mundo continua a girar mas pelo que me foi dado a entender o papa desistiu de cantar. O Sexo e a cidade já estreou , dos assaltantes de Londres nem rasto, diminui-se a quantidade de vezes que se falou de Michael Jackson, a Aple continua a vender iphones, Berlusconi continua a governar e a easyjet a voar. A Chanceler alemã começou a aparecer mais "compostinha" mas continuam a existir países onde as mulheres são obrigadas a usar burkha.

 

Cá dentro não faço ideia onde o nosso Primeiro foi passar férias mas sei que as interrompeu por causa dos incêndios. Entre livros e telemóveis a maioria de nós continua a preferir estes últimos. Os concertos de verão bateram recordes mas dos teatros ninguém fala. A Manuela Moura Guedes nunca mais foi capa de revista por atributo favorável e continuo a prestar homenagem ao grande homem que foi Raul Solnado. O meu sporting desta feita perdeu e eu não sei se sonhe se chore.

 

Cá por casa continuam a haver sempre muitas novidades, a gaveta da cozinha é um buraco negro para ser mais exacta desapareceu para nunca mais voltar, os estore da filha do meio após tentativa caseira de o reparar ficou pior (já passou um ano? espero que ela nunca leia isto). A gaveta do quarto do filho foi reparada, o novo canalizador reparou finalmente a canalização, o candeeiro da sala está no sitio há mais de um mês, os gatos já não tem mais por onde roer. Acabei com o motor do tal carro que transportava um pega monstro derretido no banco traseiro, os legos foram arrumados por se acharem muito crescidas (elas .. eu nunca). As mascaras continuam, a comida queimada também e eu sei que um dia vou ter alguem  que cozinhe para mim

 

Na mesma ... apenas Eu como há um ano muito mãe, muito mulher mas sobretudo Eu mesma.

publicado por Marta às 00:01

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